O ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko acusou, este sábado, as autoridades de o impedirem de sair do país por razões políticas, depois de ter sido impedido por duas vezes de atravessar a fronteira para a Polónia.
Membros do seu partido Solidariedade Europeia, citado pelos órgãos de comunicação social ucranianos, disseram que a polícia de fronteira não tinha qualquer razão para o travar, sob a lei marcial, uma vez que tinha documentos que provavam que viajava oficialmente como membro do parlamento.
Poroshenko, que é membro da Comissão parlamentar para a integração na União Europeia (UE), disse que estava a caminho da Lituânia para participar numa reunião da Assembleia Parlamentar da NATO.
De acordo com o seu partido, na sexta-feira foi impedido de atravessar a fronteira para a Polónia com o argumento de que um código (QR) usado para autenticar um documento não estava a funcionar, enquanto hoje os funcionários disseram que lhe faltavam documentos.
O quinto presidente ucraniano, derrotado nas eleições de 2019 pelo atual Presidente, Volodymir Zelensky, está em julgamento desde 2021 sob a acusação de traição por alegada compra de carvão no Donbas, detido pelos separatistas russos.
Poroshenko, considerado um dos homens mais ricos da Ucrânia, foi libertado da prisão em janeiro.
Há uma semana, um vídeo que foi divulgado com o testemunho de Viktor Medvedchuk, um adversário próximo do Kremlin que foi capturado pelas forças ucranianas, após ter escapado em prisão domiciliária, apresenta-o a fazer declarações incriminatórias contra Poroshenko.
Na sexta-feira, as autoridades ucranianas emitiram um mandado de captura contra o ex-presidente do Tribunal Constitucional Oleksandr Tupitsky, que está a ser processado por alegados crimes contra a justiça e que no mês passado deixou o país de forma irregular.
COM LUSA
Veja também
Saiba mais
- Putin diz-se disponível para retomar negociações de paz e deixar sair cereais da Ucrânia
- Guerra na Ucrânia: Rússia acusa Ocidente de provocar crise ao trocar armas por trigo
- Enviados SIC: Kharkiv voltou a ser alvo de bombardeamentos das forças russas
- Rússia diz que conseguiu entrar em Severodonetsk, Ucrânia desmente
- Guerra na Ucrânia: Putin assina lei que aboliu limite de idade para servir no exército
- Rússia estará a preparar novo ataque a Kiev
- Forças ucranianas dizem ter repelido ofensiva russa em Severodonetsk
- Rússia testa míssil hipersónico que Putin considera “invencível”
- Kiev pede ajuda à ONU para retirar tropas russas de centrais nucleares