O Kremlin disse esta quarta-feira que “não confia nas promessas da Ucrânia” de que não vai usar o armamento fornecido pelos EUA para atingir a Rússia.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que os Estados Unidos estão “deliberadamente a deitar achas na fogueira” com o envio de armas para a Ucrânia. Porém, Joe Biden deixou clara a única condição que impõe: o armamento enviado não pode ser usado para atacar o território russo.
Moscovo também já avisou que o envio deste armamento vai aumentar o risco de confrontação direta entre a Rússia e os Estados Unidos.
O Presidente dos EUA, até esta quarta-feira, afastou a possibilidade de fornecer armas de longo alcance, que pudessem atingir a Rússia. No entanto vão seguir para a Ucrânia rockets com alcance até 70 quilómetros.
O objetivo, realça Joe Biden, é garantir que a Ucrânia se consiga defender contra novas agressões e esclarece que não quer uma escala de conflitos e que a NATO não quer entrar numa guerra com a Rússia.
No artigo do The New York Times, o Presidente dos EUA diz ainda que com esta decisão pretende dar à Ucrânia mais força negocial de modo a desbloquear o impasse nas negociações e avançar para uma solução diplomática que possa garantir o fim da guerra.
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