De 40 dias na Ucrânia, Rui Caria conta que fica “aquilo que mostrou, aquilo que não mostrou ainda e aquilo que nunca vai mostrar”, mas sobretudo “fica o cheiro”, confessa em entrevista à SIC Notícias.
“São muitas emoções, é muita coisa que fica connosco, mas o cheiro é aquilo que não conseguimos explicar muito bem. É de facto o cheiro que fica da morte das pessoas, dos próprios bombardeamentos, do ambiente. E os sons também. São coisas que não conseguimos passar tão bem em imagens e ficam um pouco connosco.”
Rui Caria relata que nas ruas e entre as pessoas havia um sentimento de “patriotismo muito grande, de resistência e sobretudo de resiliência, a tal capacidade de se levantarem dos escombros”.
O fotojornalista partilha ainda o momento em que chegou a Mala Rohan, após ser desocupada. Esta aldeia foi invadida no primeiro dia da guerra pelas forças russas.