O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que vai ouvir, em Braga, o seu homólogo polaco, Andrzej Duda, sobre as decisões que estão a ser preparadas no quadro europeu relativamente à Ucrânia e sobre a Cimeira da NATO.
Em declarações aos jornalistas, no Espaço Vita, em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa informou que, por motivos de saúde, a Presidente da Eslováquia, Zuzana Caputová, já não se deslocará até Braga, mas que reunirão por telefone.
Sobre o encontro que terá com o Presidente da Polónia esta quarta-feira pelas 22:00, na Câmara Municipal de Braga, o chefe de Estado adiantou que irão falar sobre a reunião do Conselho Europeu “que vai tratar da questão da Ucrânia” e sobre a Cimeira da Aliança Atlântica “que vai tratar do futuro da NATO, mas provavelmente também não esquecendo a Ucrânia”.
“Tudo isso está na atualidade dentro de quinze dias, e é provável que haja contactos bilaterais entre os vários Estados sobre estes temas”, observou.
Quando questionado sobre a marcação desta reunião em cima da hora, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que houve um “pedido apresentado com urgência” por Andrzej Duda e que “o que se encontrou de melhor solução foi a vinda a Braga e depois a ida a Lisboa para falar com o senhor primeiro-ministro”.
“Quem tomou a iniciativa tomou certamente porque tem um calendário de contactos e entendeu que devia ter esses contactos para apresentar as suas ideias. E eu ouvirei as ideias”, afirmou.
O Presidente da República adiantou que Andrzej Duda se reunirá com o primeiro-ministro, António Costa, na quarta-feira.
Marcelo Rebelo de Sousa declarou que ele e o primeiro-ministro estão “sintonizados desde sempre – como, aliás, com a Assembleia da República – quanto à Ucrânia” e que “é o Governo que conduz a política externa, mas sempre em ligação com o Presidente da República”.
Quanto às decisões que estão a ser preparadas no quadro europeu, o chefe de Estado referiu que “a Comissão Europeia vai apresentar uma proposta ao Conselho Europeu sobre a pretensão da Ucrânia de se aproximar da União Europeia”.
“O Conselho Europeu tem agendado o tema da Ucrânia, tem agendado o apoio financeiro à Ucrânia, tem agendado o apoio à reconstrução da Ucrânia, tem agendado a discussão da situação política e militar que se vive na Ucrânia. Portanto, um primeiro passo é a Comissão Europeia apresentar a sua posição, um segundo passo é os Estados-membros no Conselho Europeu pronunciarem-se sobre essa posição”, acrescentou.
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