Na região de Kharkiv, na Ucrânia, cerca de 20 mil pessoas recebem, todos os dias, ajuda da Cruz Vermelha. Os voluntários enfrentam várias vezes os bombardeamentos russos e a visão de compatriotas tombados na rua. A reportagem dos enviados especiais da SIC na Ucrânia.
Numa das delegações da Cruz Vermelha, em Kharkiv, há uma pressa constante em cada corredor. Há uma sala, onde se atende principalmente os novos pedidos de ajuda. Neste rés do chão escolhe-se medicação que há de ser levada porta a porta para quem precisa. Há também sacos de roupa que é entregue, quando alguém a pede.
Natalia tornou-se voluntária depois da guerra lhe ter fechado o local de trabalho. De bicicleta, percorre agora a cidade ao encontro dos que a esperam. Primeiro leva comida e medicamentos a uma família, em seguida bate à porta noutro prédio a dois passos.
É Lina quem aguarda por ela. Sem a visita de Natalia, Lina não conseguiria os medicamentos que precisa. Com 83 anos, vive sozinha em casa e escreve um poema por dia sobre a batalha que acontece lá fora.