Há vários dias que as acusações se repetem: Ucrânia e Rússia continuam a responsabilizar-se mutuamente pelos bombardeamentos nas imediações da central nuclear de Zaporijia e de colocaram em perigo a vida de milhões de pessoas na região.
Esta quinta feira foram divulgadas imagens de satélite que mostram os estragos provocados pelas explosões de há dois dias na base aérea da Crimeia.
Perante a ausência de explicações, resta a comparação das imagens de satélite tiradas antes e depois das explosões desta terça-feira. Estragos evidentes nas instalações militares anexadas pela Rússia em 2014. Especialistas militares ucranianos ocidentais garantem ver a destruição de pelo menos oito aeronaves.
Alguns analistas interrogam-se se este poderá ter sido o início do contra-ataque ucraniano para reconquistar as zonas tomadas pela Rússia, numa altura em que estará a chegar o armamento fornecido pelos países ocidentais.
Da região de Zaporijia chegam notícias de novos bombardeamentos em redor da central nuclear. Mais uma vez, Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre a iminência de uma catástrofe nuclear.
Em Mairupol, as forças militares russas estão a reabilitar parte da cidade destruída. Até ao final do ano, querem ter um bloco de apartamentos para 2.500 pessoas pronto a habitar na cidade que alojou em tempos 400.000 pessoas.
A Ucrânia denuncia ainda a intenção dos novos autarcas da cidade promoverem um julgamento público aos militares que se renderam da fábrica de Azovstal, até ao final do verão.
A jornalista que, em março, protestou num canal de televisão contra a guerra na Ucrânia vai ficar dois meses em prisão domiciliária, enquanto decorre a investigação judicial pelo crime de desacreditação do exército. Ao chegar à audiência do tribunal Marina Ovsiannikova voltou a exibir uma folha de papel onde estava escrito "Deixai que a morte das crianças vos atormente os pesadelos".