Os serviços secretos ucranianos puseram na lista de “busca e captura” o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dimitri Medvedev, e os porta-vozes dos Negócios Estrangeiros e da Defesa russos, Maria Zakharova e Igor Konashenkov.
A Ucrânia acusa o ex-Presidente da Federação Russa e atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dimitri Medvedev, de infringir a segunda parte do artigo 110 do Código Penal, que implica uma “fragilização da integridade territorial e da inviolabilidade da Ucrânia cometida por uma pessoa que é um representante do poder”, nos termos da base de dados do Ministério do Interior ucraniano.
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), que é a principal agência de segurança e informações do Governo ucraniano nas áreas de contraespionagem e combate ao terrorismo, também incluiu na mesma lista a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, que incorreu na terceira parte do mesmo artigo do Código Penal: a “fragilização da integridade territorial e da inviolabilidade da Ucrânia” e “a morte de pessoas ou outras consequências graves”.
Outro dos nomes adicionados à lista pelos serviços secretos ucranianos foi o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, que, nas últimas horas, defendeu que “o objetivo dos ataques” contra a Ucrânia “foi alcançado”.
Zakharova afirmou no sábado, após o ataque à ponte de Kerch, a principal via de ligação entre a Rússia e a Crimeia, que a reação da Ucrânia àquele acontecimento testemunhava “a natureza terrorista do regime de Kiev”.
Por sua vez, Medvedev afirmou que os ataques com mísseis hoje lançados por Moscovo sobre o centro de Kiev e outras cidades ucranianas mais não são que “o primeiro episódio”, ameaçando que “haverá outros”.
Segundo a Polícia Nacional Ucraniana, o mais recente balanço dos bombardeamentos de hoje com mísseis russos a vários pontos do território ucraniano aponta para 11 mortos e 89 feridos.