Guerra Rússia-Ucrânia

Kiev exige expulsão da Rússia do G20 após ataques à capital

Foram ouvidos pelo menos três explosões no centro da capital ucraniana.

Kiev exige expulsão da Rússia do G20 após ataques à capital
YASUYOSHI CHIBA

A Ucrânia exigiu hoje a exclusão da Rússia do G20, a um mês da cimeira prevista para a Indonésia, após os vários ataques com 'drones kamikazes' (aparelhos voadores não tripulados) feitos sobre Kiev ao longo da manhã.

"Aqueles que dão ordens para atacar infraestruturas críticas [Notes:...] e que organizam uma mobilização geral para cobrir a linha de frente com cadáveres, não podem sentar-se à mesma mesa que os líderes do G20. A Rússia deve ser excluída", exortou na rede social Twitter o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhaïlo Podoliak.

Numa publicação na rede social Twitter, o chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andrey Yermak, indicou que as explosões sentidas hoje de manhã no distrito de Shevchenkiv, no centro da capital ucraniana, Kiev, deveram-se a "ataques de 'drones' 'kamikaze'". "Os russos acham que [o ataque] vai ajudá-los, mas mostra o seu desespero", disse, acrescentando que foram usados 'drones' de fabrico iraniano.

Também na rede Telegram, o autarca de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que as explosões se deveram a ataques de drones, que provocaram um incêndio num edifício não residencial e danos em vários prédios de apartamentos.

Após os primeiros ataques, um jornalista da agência France-Presse viu um 'drone' a cair sobre um prédio, enquanto dois agentes policiais o tentavam abater com as suas armas de serviço.

Os bombeiros e os serviços médicos e de emergência já estão no local e a autarquia da capital está a tentar recolher informações sobre possíveis vítimas, até à data, pelo menos uma pessoa morreu e três pessoas ficaram feridas no ataque russo.

Na sexta-feira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que as Forças Armadas russas têm atualmente "cerca de 300 unidades" de drones de combate fornecidos pelo Irão. Segundo Reznikov, as autoridades russas estariam agora em negociações com Teerão para comprar mais alguns milhares desses aparelhos aéreos não tripulados, segundo a agência de notícias UNIAN.

"Se vai acontecer ou não, veremos. Mas devemos estar preparados para isso, para não ficarmos parados. Estamos a desenvolver sistemas para os repelir. O nosso Exército está a derrubá-los, já aprendemos como fazê-lo", disse o ministro da Defesa ucraniano.