O Reino Unido anunciou esta quinta-feira novas sanções contra o Irão, na sequência da decisão da União Europeia (UE), restringindo cinco pessoas e três entidades iranianas envolvidas no alegado fornecimento de drones à Rússia, usados em ataques na Ucrânia.
"O apoio do Irão à guerra brutal e ilegal de Putin contra a Ucrânia é deplorável. Hoje estamos a sancionar aqueles que forneceram os drones usados pela Rússia para atacar civis. É uma evidência clara do papel desestabilizador do Irão na segurança global", disse o Governo britânico.
De acordo com o Reino Unido, esses "ataques covardes" são "um ato de desespero".
Teerão promove "ativamente" a guerra, segundo um comunicado do Governo britânico, já que se beneficia dos "abomináveis ataques" da Rússia contra o povo ucraniano.
As sanções afetam o general Hosein Bagheri das Forças Armadas, que supervisionou os ramos do Exército que forneceram drones para a Rússia, bem como o general de brigada Seyed Hojjatolá Qureishi, um importante negociador iraniano para o acordo de abastecimento desses dispositivos.
Também incluído na lista está o general de brigada Saed Aghajani, chefe da Guarda Revolucionária do Irão, que estava nos territórios temporariamente controlados pela Rússia na Ucrânia, aconselhando as forças russas sobre o uso dos drones.
Por fim, o Reino Unido puniu a empresa Shahed Aviation Industries, fabricante iraniana dos drones Shahed que "foram usados pela Rússia durante a sua invasão ilegal da Ucrânia" e que também está na "lista negra" da UE, por Just like Hossein Bagheri.
As sanções foram aprovadas esta quinta-feira após uma negociação em tempo recorde depois de os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus terem concordado em responder ao envolvimento do Irão nos ataques de drones.
O acordo foi feito antes da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE em Bruxelas.
A UE aprovou este quinta-feira sanções contra cinco pessoas e três entidades iranianas pelo fornecimento de drones "kamikaze" à Rússia, utilizados em ataques contra civis na Ucrânia, embora duas pessoas e duas outras entidades já estejam sujeitas a medidas penalizadoras europeias pela repressão iraniana.