O Governo do Canadá anunciou esta sexta-feira novas sanções contra 35 russos ligados ao setor da energia, em resposta à invasão russa da Ucrânia, e a emissão de títulos para apoiar as autoridades ucranianas.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, referiu que o grupo que está a ser alvo de sanções inclui líderes da estatal russa de energia Gazprom e seis entidades do setor da energia.
Foram ainda alvo de sanções os ministros da Energia e Indústria da Rússia, o vice-primeiro-ministro Alexander Novak e o ex-primeiro-ministro Victor Zubkov.
O ex-jogador da Liga Nacional de Hóquei Alexander Frolov e o grande mestre de xadrez Anton Demchenko também estão na lista, que inclui agora mais de 1.400 pessoas e entidades acusadas de cumplicidade na invasão russa da Ucrânia.
"Enquanto a Rússia continuar a sua agressão ilegal e injustificável contra a Ucrânia, o Canadá continuará a apoiar o Governo e o povo ucraniano", sublinhou Trudeau em comunicado.
Já sobre a emissão de títulos da Ucrânia a cinco anos, estes serão disponibilizados aos investidores através de bancos canadianos, sendo que o dinheiro será canalizado para a Ucrânia pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Trudeau realçou que os fundos arrecadados destinam-se a ajudar Kiev a pagar pensões e a "manter as luzes acesas".
"Os títulos são uma forma de os canadianos contribuírem diretamente para a luta contra a Rússia", salientou.
O Governo canadiano recusou-se a dizer quanto espera arrecadar com a emissão dos títulos, que também estão abertos a compradores estrangeiros.
Trudeau estava em Winnipeg, na província de Manitoba, onde decorre um congresso de três dias de ucranianos canadianos. O congresso elogiou a decisão do executivo de Justin Trudeau, de oferecer "um investimento inovador em um futuro pacífico, democrático e justo, não apenas para a Ucrânia, mas para toda a Europa".
No Canadá, a diáspora ucraniana soma mais de 1,36 milhão de pessoas, tornando-se uma das maiores do mundo, de acordo com os censos de 2016.