Duas semanas depois de a Ucrânia ter reconquistado a região de Kherson. Svetlana, autarca de uma pequena vila, está a ser elogiada pelo particular e corajoso exemplo de resistência.
Svetlana caminha pelas ruas de Kherson. É autarca numa vila com pouco mais de 1000 habitantes que ficou quase toda destruída. A maior parte das pessoas fugiu mal caíram as primeiras bombas, mas Svetlana ficou.
A torre de comunicações, coberta de ferrugem e com marcas de tiro, transformou-se em torre de vigia. É, em conjunto com Svetlana, símbolo de resistência. Os poucos jovens que ficaram para trás subiam à torre todos os dias, para verem onde estava o inimigo.
Foi Svetlana quem marcou as coordenadas das posições russas num mapa e as passou, por telefone, aos ucranianos. Estas informações serviram para bombardear o inimigo. Quanto mais passava informações aos militares ucranianos, mais o exército russo bombardeava a aldeia. Uma bomba caiu ao lado de Svetlana e feriu-lhe uma perna.
Os militares ucranianos reconhecem que a ajuda contribuiu para a reconquista de Kherson. E Svetlana não foi a única a ajudar os militares ucranianos às escondidas. Apesar de os civis terem sido instruídos para não intervirem durante a guerra, ainda assim, são essenciais, uma vez que são eles que, quase sempre, estão na linha da frente.