O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, admitiu, este sábado, que existem dificuldades para pôr termo à guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia há 10 meses, e renovou um apelo para um cessar-fogo humanitário.
"Esta guerra não parece estar a terminar facilmente", afirmou Akar num encontro com a imprensa em Ancara, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
A Turquia, que é membro da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte), tem-se posicionado como um ator neutro e mediador no conflito entre os seus dois vizinhos no Mar Negro.
Ancara ajudou a alcançar um acordo com a ONU sobre a exportação de cereais ucranianos bloqueados nos portos do sul, acolheu um encontro entre os chefes diplomáticos russo e ucraniano, em março, e negociações entre os dois lados em Istambul.
"Não seria errado dizer que, apesar de toda a nossa boa vontade e apelos a um cessar-fogo, é provável que a guerra continue em 2023", afirmou o ministro turco.
Embora reconhecendo as dificuldades para pôr termo à guerra desencadeada com a invasão russa da Ucrânia, Hulusi Akar pediu que o processo comece com um cessar-fogo humanitário.
"Apelamos para um cessar-fogo, pelo menos um cessar-fogo humanitário. Depois um cessar-fogo permanente e depois conversações de paz", afirmou.