Guerra Rússia-Ucrânia

As "duras batalhas" que continuam em Bakhmut e Soledar

O Presidente Zelensky apontou também mudanças por parte da Rússia, por debater-se "sobre quem deve receber o crédito por algum avanço tático".

As "duras batalhas" que continuam em Bakhmut e Soledar
LIBKOS

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou esta sexta-feira que a "dura batalha" por cidades como Bakhmut e Soledar, no leste da Ucrânia, continua, apesar de Moscovo ter concentrado "as suas maiores forças" naquela região.

"Embora o inimigo tenha concentrado as suas maiores forças nessa direção, os nossos soldados - as Forças Armadas da Ucrânia, todas as forças de defesa e segurança - estão a proteger o Estado", a região de Donetsk, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.

Também o porta-voz do Estado-Maior do Exército ucraniano insistiu esta sexta-feira que "a batalha por Soledar continua", contrariando uma vez mais o anúncio das autoridades de Moscovo da conquista da pequena cidade situada no leste da Ucrânia.

O porta-voz não deu detalhes sobre a situação em Soledar, cidade atingida nas últimas semanas por violentos combates com o envolvimento do grupo paramilitar russo Wagner, precisando apenas que as infraestruturas civis na região de Konstantinovka foram atingidas por mísseis das forças de Moscovo e que várias posições militares ucranianas foram visada por bombardeamentos aéreos.

Após 324 dias de guerra "em grande escala", Zelensky apontou também mudanças por parte da Rússia, por debater-se "sobre quem deve receber o crédito por algum avanço tático".

"Este é um sinal claro de fracasso para o inimigo. E este é mais um incentivo para todos nós pressionarmos mais os ocupantes e infligirmos maiores perdas ao inimigo", apontou o Presidente ucraniano.

Zelensky elogiou os combatentes na linha da frente, como a unidade "Kraken" por ações "decisivas para destruir o inimigo na área de Soledar", ou da Legião Internacional e da unidade "Shaman", que "defendem bravamente Bakhmut".

Mas destacou também as "outras frentes", expressando um reconhecimento aos elementos do Serviço de Inteligência Estrangeira da Ucrânia que "costumam ser completamente invisíveis e sobre os quais pouco se fala" mas que "tomam decisões muito importantes" para a Ucrânia.