Doze peritos da Agência Internacional de Energia Atómica estão desde esta terça-feira destacados nas quatro centrais nucleares da Ucrânia, para dar assistência técnica no atual cenário de guerra e evitar um acidente nuclear.
Em Yuznhoukrainsk, no sul da Ucrânia, foi já hasteada a bandeira da Agência Internacional de Energia Atómica, com uma pequena cerimónia a marcar o início desta missão técnica.
O diretor da agência, Rafael Grossi, afirmou que precisam de “prevenir acidentes e garantir que a planta está em condições seguras” para evitar uma eventual tragédia.
A Agência Internacional de Energia Atómica destacou uma equipa de doze peritos para monitorizar o funcionamento dos dezasseis reatores nucleares em funcionamento no país.
Mas no organismo intergovernamental que coordena a energia nuclear para fins civis, a maior preocupação é ainda Zaporíjia.
Na maior central nuclear da Europa, ocupada pelas tropas russas, a Agência mantém oficiais de ligação, dado que a área é alvo constante de combates e duelos de artilharia entre ucranianos e russos.
A missão da Agência de Energia Atómica inclui ainda Chernobyl, palco em 1986 do maior acidente numa central nuclear, que libertou radiação equivalente a 400 bombas de Hiroshima.
Chernobyl é uma área desabitada e ainda com altos índices de radioatividade, mas que os militares russos ocuparam por algumas semanas no início da guerra da Ucrânia.