O Presidente chinês deverá encontrar-se com Vladimir Putin, em Moscovo, em abril ou maio, avança esta terça-feira o Wall Street Journal. Hoje, o principal diplomata da China esteve em Moscovo e garantiu que as relações entre os dois países são sólidas. Wang YI deverá encontrar-se amanhã com Sergei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
“Sinais de nervosismo por parte de Pequim, desde que houve uma escalada na retórica de rivalidade entre Estados Unidos e China (…) “A China, não sendo uma aliada declarada da Rússia, tem tido uma parceria importante. Por exemplo, a nível de armamento, a China dá semicondutores à Rússia e isso ajuda ao fabrico dos mísseis cruzeiro com que muitas vezes os russos bombardeiam cidades ucranianas”, explica Germano Almeida.
De acordo com as fontes do jornal norte-americano, o encontro de Xi com Putin fará parte de um esforço para negociações sobre a paz na Ucrânia e permitirá à China reiterar os apelos para que não sejam usadas armas nucleares.
"A grande questão é a proposta de paz da China, não sabemos o que ela significa". Mas tudo indica que, ao não exigir a retirada das tropas russas das zonas ocupadas da Ucrânia, não é uma paz que possa ser considerada aceitável".
Biden na Polónia e Zelensky poderá assistir a cimeira da NATO
Termina hoje a visita de três dias de Joe Biden à Polónia. O Presidente norte-americano participa na cimeira do grupo Bucareste, que.reúne os nove países do leste europeu que são membros da NATO. O secretário-geral, Jens Stoltenberg, também estará presente.
A confirmar-se a notícia de que o Presidente da Ucrânia poderá participar na cimeira da NATO que vai decorrer em julho em Vilnius, na Lituânia, “é muito significativo, significará uma maior aproximação da Ucrânia à NATO”.
“No atual estado de guerra, não acredito que haja condições de a Ucrânia entrar”.
No encontro do grupo Bucareste 9 espera-se que Joe Biden volte a expressar o "apoio inabalável dos Estados Unidos à segurança" do grupo.
“São países que sentem a ameaça russa muito mais do que nós e, historicamente, tomaram uma posição: quiseram estar no espaço ocidental, no espaço NATO. E isso é a base do que é esta guerra”.
"Putin, o que faz na Ucrânia, é dizer que não ia deixar a Ucrânia tomar essa decisão porque considerava que isso era uma ameaça à Rússia. Sabemos que não é, sabemos que a NATO não estava a atacar a Rússia, a NATO é uma aliança defensiva. Quem está a atacar é a Rússia.
"A base desta guerra tem a ver com o destino destes países do flanco leste da NATO".