O Kremlin diz que o plano de paz da China para a guerra na Ucrânia tem de ser analisado em detalhe e que este é um processo longo e intenso. O porta-voz Dmitry Peskov diz que, entretanto, a "operação militar especial (na Ucrânia) vai continuar".
“Qualquer esforço que ajude a trazer este conflito para um caminho pacífico merece atenção. Nós consideramos o plano dos nossos amigos chineses com muita atenção (...). É um longo processo. No momento, não vemos as premissas para que esta questão possa tomar um caminho pacífico", disse o Dmitri Peskov, em declarações à imprensa.
Na sexta-feira, quando se assinalou um ano após o início da ofensiva russa na Ucrânia, Pequim publicou um documento de 12 pontos a apelar para que Moscovo e Kiev estabeleçam negociações de paz.
Embora a China procure impor-se como mediadora neste conflito, a sua posição de aliada da Rússia desqualifica-a aos olhos dos países ocidentais, que apoiam a Ucrânia.
Moscovo e Kiev não demonstraram ainda uma vontade forte de iniciar negociações de paz nesta fase, reagindo com cautela à proposta da China.
O Presidente ucraniano considerou necessário trabalhar com Pequim para alcançar a resolução do conflito. Volodymyr Zelensky também disse que planeia encontrar-se em breve com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.
A diplomacia russa declarou também que apreciava os esforços chineses, ao mesmo tempo que insistiu na necessidade do reconhecimento da anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússi