Guerra Rússia-Ucrânia

Governo "repudia firmemente" acusações de embaixador russo

Vasily Nebenzya, acusou Portugal e outros países de retirarem "centenas" de crianças ucranianas às mães para as colocar em instituições de acolhimento.

Governo "repudia firmemente" acusações de embaixador russo
Andreea Alexandru/AP

O Governo português reagiu com repúdio às declarações de Vasily Nebenzya, embaixador russo junto das Nações Unidas, que acusou Portugal, Espanha e Alemanha de terem retirado “centenas” de crianças ucranianas às mães para as colocar em estruturas de acolhimento nos respetivos territórios.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou que o Governo “repudia firmemente” as declarações do embaixador da Rússia, reafirmando assim “o seu apoio à Ucrânia nas diferentes dimensões, incluindo a do acolhimento aos ucranianos deslocados, vítimas da agressão da Rússia ao seu país."

A acusação russa

Vasily Nebenzya acusou Portugal, Espanha e Alemanha de separarem inúmeras crianças ucranianas das mães e, posteriormente, colocarem-nas em centros de acolhimento.

Nebenzya, cujo país preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU, baseou as acusações em testemunhos apresentados em vídeo, cuja veracidade não foi possível confirmar.

"Eu sou Alina Komisarenko, da cidade de Zaporijia. O meu filho foi levado pelo sistema juvenil em Portugal", disse uma mulher num vídeo apresentado pela Rússia numa reunião informal do Conselho de Segurança para abordar “as medidas tomadas pelas autoridades russas para retirar crianças em perigo”

O embaixador russo, cujo país preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU, acusou os países ocidentais de quererem abafar o facto de estarem a ser retiradas crianças aos refugiados ucranianos em alguns países da Europa.