A Ucrânia denuncia a deportação forçada de crianças, este domingo, da cidade onde se situa a central nuclear de Zaporízhia. Antes, o dia já estava a ser marcado por uma das maiores trocas de prisioneiros de guerra para assinalar a Páscoa ortodoxa.
Cada vez mais empenhado em protagonizar momentos mediáticos, o líder do grupo Wagner dá instruções a um subalterno para proceder à libertação de prisioneiros de guerra ucranianos.
No vídeo de propaganda são exibidos dezenas de combatentes capturados incluídos na troca de prisioneiros de guerra que marca a Páscoa ortodoxa, celebrada este domingo.
As forças russas e ucranianas têm feito trocas regulares de prisioneiros desde o início da guerra. Um dos escassos pontos de negociação entre o país invasor e o invadido. Entre os 130 ucranianos libertados estão soldados e oficiais capturados nas frentes de Bakhmut, Soledar, Zaporijia e Kherson. Têm idades entre os 21 e os 58 anos e alguns estão feridos ou foram amputados.
Kiev não avançou quantos prisioneiros russos libertou do cativeiro.
A Páscoa ortodoxa, celebrada este domingo permitiu que alguns combatentes se afastassem por momentos da linha da frente e interagissem com a comunidade, mas o regresso aos combates é uma inevitabilidade, numa altura em que as forças russas parecem estar a empenhar mais poder de fogo.
A imprensa ucraniana avança que o mayor de Enerhodar afirma que tropas russas estão a proceder à retirada de crianças para serem deportadas e que estão a retirar de creches e escolas, colchões e outro mobiliário. A empresa estatal de energia atómica da Ucrânia corrobora a denúncia. Diz que estão a ser usados autocarros da central nuclear para levar os menores para a Crimeia.