Guerra Rússia-Ucrânia

Guerra na Ucrânia pode "prosseguir até 2024", alerta ministro britânico

Fontes próximas dos serviços secretos norte-americanos sugerem que Kiev e os aliados estão a preparar um contra-ataque à Rússia.

Guerra na Ucrânia pode "prosseguir até 2024", alerta ministro britânico
STRINGER

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, acredita que a invasão russa da Ucrânia se vai estender para além de 2023, razão pela qual convidou a comunidade internacional a "ser realista" em relação à guerra.

Existe uma grande possibilidade de as hostilidades “prosseguirem até 2024”, disse Wallace numa entrevista ao jornal New York Times, manifestando confiança de que as Forças Armadas ucranianas "lançarão em breve uma contraofensiva".

"Estou otimista de que este ano ou no próximo, a Ucrânia continuará a avançar nesta direção", acrescentou o ministro. Porém, também alertou que as nações que apoiam a Ucrânia têm que ser "realistas e compreender que a Rússia não irá simplesmente entrar em colapso".

Fontes próximas dos serviços secretos norte-americanos sugerem que Kiev e os aliados estão a preparar ativamente um contra-ataque contra as forças russas e dizem que uma tal operação poderia começar já a 30 de abril.

Governo do Reino Unido acusado de minimizar “ato de guerra"

Ben Wallace, que está nos Estados Unidos, foi um dos visados esta terça-feira na Câmara dos Comuns por um deputado que acusou-o de não ter dado a devida relevância a um possível “ato de guerra da Rússia" no ano passado.

O deputado conservador e presidente da comissão parlamentar sobre Defesa do Reino Unido, Tobias Ellwood, acusou o Governo de ter encoberto e minimizado o ataque de um caça russo a um avião britânico sobre o Mar Negro. Elwood argumentou que o incidente era mais grave do que Ben Wallace admitiu e que o aparelho esteve “perto de ser abatido”.