Com Lula da Silva ainda na Europa são para ele os recados do alto representante da União Europeia, Josep Borrell. Se o Presidente do Brasil quer a paz na Ucrânia então deveria ir a Kiev.
"Para um esforço honesto de paz, é preciso falar com Kiev e ir lá para ver as agressões com os próprios olhos", disse Josep Borrell.
Sem dizer o nome de Lula, mas referindo o Brasil e o plano de paz chinês, Josep Borrell reage aos polémicos comentários do presidente brasileiro e às críticas deixadas à União Europeia por enviar material militar para Kiev.
"Não podemos aceitar esta abordagem benevolente de que um não quer parar e outro também não. As coisas não são assim. A Rússia não quer parar a invasão e a Ucrânia tem de continuar a defender-se", vincou Borrell
A União Europeia prepara o envio de mais munições para Kiev, mas esta segunda-feira voltou a ouvir a impaciência do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmyro Kuleba, que pede aos estados-membros que acelerem o envio de material militar para o país.
A diplomacia europeia ouviu, ainda, as declarações de Pequim depois do representante do país em França ter questionado a independência e a soberania dos países da antiga união soviética. Estónia, Letónia e Lituânia são, hoje, membros da União Europeia.
“A China respeita o estatuto dos Estados-membros como estados soberanos após a dissolução da União Soviética”, referiu a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning.
Bruxelas fica satisfeita com as explicações, numa altura em que repensa a estratégia e o futuro da relação com a China.