O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou esta sexta-feira uma lei que concede o estatuto de veteranos de guerra e inválidos aos combatentes das quatro regiões anexadas na Ucrânia, e que inclui os membros do grupo paramilitar Wagner.
Segundo a lei, na categoria de veteranos e inválidos das operações militares são incluídos os que "tenham assinado um contrato com organizações que ajudem as Forças Armadas russas na realização de tarefas" durante a campanha bélica.
Na perspetiva de Yaroslav Nilov, chefe do Comité de trabalho, Política Social e Assuntos de Veteranos da Duma estatal, estão incluídas as companhias militares privadas como a Wagner, cujos efetivos combatem atualmente na cidade de Bakhmut, na província de Donetsk (leste da Ucrânia).
A lei também garante o estatuto de veteranos aos que combatem ao lado da Rússia nas regiões ucranianas de Lugansk, Donetsk, Zaporijia e Kherson - anexadas formalmente pelo Kremlin em setembro de 2022 - e às forças separatistas russófonas que se sublevaram no Donbass em 2014 e anunciaram a formação de repúblicas populares autónomas.
O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, afirmou na semana passada, no decurso da aprovação da lei pela câmara baixa, que "todos aqueles que arriscam a sua vida para defender a Rússia durante a operação militar especial devem ter o mesmo estatuto, o de veterano, e estarem seguros de que o Estado cuidará deles e das suas famílias, independentemente de serem soldados, oficiais ou voluntários".