Em conferência de imprensa, Volodymyr Zelensky disse este domingo que a tão esperada contraofensiva ucraniana “vai acontecer”, mesmo ser ter recebido os aviões de combate prometidos pelo Ocidente.
“Para ser sincero, os caças teriam ajudado bastante. Mas é obvio que não iremos adiar muito, vamos começar antes de termos os F16. Não vamos deixar a Rússia pensar que ainda temos uns meses de treino nos aviões e só então iremos começar. Não será assim. Vamos começar a avançar”, admitiu o Presidente ucraniano.
Desde o início deste mês que o Governo ucraniano está a pedir o envio dos caças norte-americanos F-16, mais modernos do que os MiG-29, descritos como obsoletos por Kiev.
Há duas semanas, Volodymyr Zelensky criticou os atrasos no envio de armas para a Ucrânia. Zelensky diz que a demora se traduz em mortes no campo de batalha e sublinha a necessidade de armamento no país.
Esta semana, as autoridades ucranianas informaram que foram registados ataques russos a várias cidades ucranianas, causando pelo menos oito mortos.
As autoridades de Kiev disseram também, no Telegram, que ativaram os sistemas de defesa antiaérea na capital, pela primeira vez em quase dois meses, apelando aos residentes para se manterem abrigados.
Em Uman, uma cidade com cerca de 80.000 habitantes no centro do país, o porta-voz da polícia regional, Zoya Vovk, disse no Telegram que um míssil atingiu um prédio residencial de nove andares, provocando pelo menos seis mortos e 17 feridos, que estão a ser tratados nos hospitais da região.
A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).