A Ucrânia acusa a Rússia de mais uma vaga de ataques, em que as autoridades estimam que pelo menos três civis morreram em Kherson.
Kherson tem sido um dos alvos das forças russas nos últimos dias. A cidade de voltou a ser atingida em zonas residenciais e as autoridades locais confirmam novas vitimas civis num ataque num hipermercado.
A população prepara-se para entrar em recolher obrigatório, sendo que esta medida imposta pelas autoridades ucranianas entra em vigor na sexta feira à noite e dura 58 horas, enquanto as forças de Kiev concluem os preparativos para a contraofensiva militar.
Durante a noite, dezenas de drones iranianos sobrevoaram a Ucrânia.
As forças de Kiev garantem que abateram 21 dos 26 aparelhos detetados e alguns tinham como alvo a capital.
Do lado russo, Moscovo diz ter abatido dois drones ucranianos que teriam como alvo o Kremlin. Também afirmam ter neutralizado uma rede ucraniana de terroristas na Crimeia, em que sete pessoas foram detidas, acusadas de preparar atos de sabotagem.
As autoridades russas acusam a Ucrânia de ter provocado um incendio num deposito de combustível em Krasnodar com um drone, o segundo incidente do género em quatro dias.
Ao mesmo tempo, Moscovo assegura que as negociações com a Nações Unidas sobre o acordo para a exportação de cereais não estão comprometidas
No plano diplomático, o presidente ucraniano viajou para a Finlândia para procurar novos compromissos de apoio dos países nórdicos.
Na próxima semana, viajará para Berlim. Ontem, Volodymyr Zelensky recebeu em Kiev a comitiva portuguesa liderada pelo Presidente da Assembleia da República.
Augusto Santos Silva discursou esta quarta-feira no parlamento ucraniano e reafirmou a condenação à invasão russa e propôs a celebração de um Acordo de Cooperação entre os dois Parlamentos.