A Ucrânia anunciou esta segunda-feira que vai passar a comemorar a data do Dia da Vitória com a Europa, no dia 8 de maio, e não com a Rússia a 9 de maio. Em Moscovo decorrem os preparativos para uma parada militar muito mais limitada do que nos anos anteriores.
Os preparativos para o Dia da Vitória decorrem na Praça Vermelha em Moscovo, quando é já público que as celebrações do Dia da Vitória na 2ª guerra mundial contra a Alemanha nazi vão ocorrer num formato reduzido e com muitas limitações.
A marcha do Regimento Imortal, por exemplo, onde participavam o próprio presidente Vladimir putin foi cancelada. As razões podem ter a ver com a segurança, depois do Kremlin ter denunciado uma tentativa de ataque com um drone na semana passada.
Outros apontam a dificuldade em exibir grandes quantidades de armamento militar devido à guerra na Ucrânia. As limitações afetam milhares de cidades por toda a Federação russa.
A capitulação da Alemanha Nazi é celebrada na generalidade da europa ocidental no dia 8 de maio, como foi esta segunda-feira, por exemplo, em Paris. Devido ao fuso horário, a então União Soviética e os países sob a sua órbita adotaram o dia 9, como a Ucrânia.
Porém, até agora.
O dia 9 passa a ser na Ucrânia o dia da Europa e essa aproximação inequívoca vai ser selada com mais uma visita - a 5ª desde o início da guerra - da Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, a Kiev
Em Moscovo, Vladimir Putin recebe o Presidente do Quirguistão que aceitou ampliar as instalações militar russas no território da antiga república soviética.
O 9 de maio tem sido crescentemente utilizado como instrumento de propaganda nacionalista do Kremlin, apoiado pelos membros do partido comunista russo, que na véspera depuseram uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido e se referiram às zonas ocupadas na Ucrânia como Novarrússia, ou seja, parte integrante da Rússia.