Guerra Rússia-Ucrânia

Reino Unido é o primeiro país a fornecer mísseis de longo alcance a Kiev

Os mísseis de cruzeiro Storm Shadow têm um alcance superior a 250 quilómetros, mais do que qualquer outra arma fornecida a Kiev pelos países ocidentais para ajudar no esforço de resistência contra a invasão russa.

míssil de longo alcance, Storm Shadow
míssil de longo alcance, Storm Shadow
Reprodução/Twitter

O Reino Unido vai tornar-se o primeiro país a fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia, os Storm Shadow, anunciou esta quinta-feira o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.

Os mísseis de cruzeiro Storm Shadow têm um alcance superior a 250 quilómetros, mais do que qualquer outra arma fornecida a Kiev pelos países ocidentais para ajudar no esforço de resistência contra a invasão russa.

"A doação desses sistemas de armas dá à Ucrânia a melhor hipótese de se defender contra a brutalidade da Rússia", acrescentou Ben Wallace, explicando que estes mísseis "permitirão à Ucrânia repelir as forças russas baseadas no território soberano da Ucrânia".

O ministro não esclareceu se impôs alguma limitação ao uso destes mísseis. Em fevereiro, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, tinha prometido que o Reino Unido seria o primeiro país a fornecer à Ucrânia armas de longo alcance, o que agora se cumpriu.

Com o seu longo alcance, estes mísseis têm a capacidade de atingir áreas no leste da Ucrânia controladas por forças russas, incluindo a península da Crimeia ocupada pela Rússia em 2014. O míssil Storm Shadow, que está a ser desenvolvido em conjunto pelo Reino Unido e pela França, é lançado a partir do ar.

Estes mísseis poderão atuar juntamente com os mísseis GLSDB, que foram prometidos pelos Estados Unidos em fevereiro. A Ucrânia considera este tipo de armas, com alcance de até 150 quilómetros, cruciais para lançar a sua próxima contraofensiva e ameaçar as posições russas atrás das linhas de frente.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu - numa entrevista transmitida pela estação televisiva britânica BBC - que o seu exército ainda precisa de tempo para se preparar para esta contraofensiva destinada a repelir as forças russas.

"Com o que temos, poderíamos já seguir em frente e ter sucesso. Mas perderíamos muitas pessoas. Acho isso inaceitável. Portanto, temos de esperar. Ainda precisamos de um pouco mais de tempo", confessou Zelensky.