Guerra Rússia-Ucrânia

Ministério da Defesa russo confirma recuo em Bakhmut

A Ucrânia estará a conseguir fazer avanços em Bakhmut, quem confirma é o líder da Wagner que acusa o exército russo de estar a fugir e de não apoiar o grupo mercenário que combate há meses na cidade.

Bakhmut
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Há dez meses que a cidade ucraniana, Bakhmut, sofre com bombardeamentos e ataques , ainda que o líder do grupo Wagner tenha anunciado várias vezes a captura da cidade, os confrontos prosseguem.

O Ministério da Defesa russo anunciou um recuo das tropas para “posições mais favoráveis”, pois ao que tudo indica o exército ucraniano está a avançar no terreno. Yevgeniy Prigozhin critica atitude do Ministério e diz que se trata, na verdade, de uma fuga da cidade.

"Os flancos estão a desmoronar-se, a frente está em colapso. E as tentativas do Ministério da Defesa de publicar declarações para fazer com que as coisas pareçam melhores, estão a provocar e vão provocar uma tragédia global na Rússia. Eles têm de parar de mentir imediatamente. Se fugiram, construam novas linhas de defesa", diz o líder dos mercenários Wagner.

A Ucrânia terá conseguido recuperar o controlo de uma estrada crucial, que permite reforçar as rotas de abastecimento, contudo os ataques russos na região persistem. Em Konstantynivka, a cerca de 30km de Bakhmut, uma mulher ficou ferida num bombardeamento e apesar de a guerra continuar sem fim à vista, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que a Rússia está pronta para a derrota.

"Mentalmente, eles já perderam esta guerra. Temos de pressioná-los diariamente para que esse sentimento de derrota se transforme na retirada, em erros e perdas", referiu Zelensky.

No discurso, Zelensky continua a prometer mais armas para quem está na frente de ataque e volta a convidar Lula da Silva a visitar a Ucrânia, depois de se ter encontrado em Kiev com Celso Amorim, assessor do presidente brasileiro.