Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

"Há muito por esclarecer" sobre ataques a Moscovo, o "agressor" continua a ser a Rússia

Análise de Germano Almeida, comentador da SIC, na Edição da Manhã, aos ataques dos últimos dias a Moscovo e à preparação da contraofensiva da Ucrânia.

Vladimir Putin, Presidente da Rússia
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Germano Almeida, comentador da SIC, considera que "há muito por esclarecer" em relação aos ataques dos últimos dias em solo russo. No entanto, sublinha que o agressor continua a ser a Rússia.

"A ação parece-me concertada, mas não sabendo se são ucranianos ou russos anti-Kremlin, parece-me mais ou menos evidente que há relação direta entre ataques aéreos russos diários nos últimos dias à capital ucraniana e o que se está a passar na Rússia".

Na edição da manhã, o comentador da SIC lembra que os Estados Unidos apoiam a Ucrânia em "larga escala", com pacotes de ajuda frequentes. O objetivo é, ajudar os ucranianos a resistir aos ataques russos e a reconquistar território, acrescenta.

Germano Almeida esclarece que a Ucrânia entende ter legitimidade para ações pontuais em solo russo, uma vez que a Rússia "está a agredir a Ucrânia".

Os objetivos da Rússia são desgastar e desmoralizar civis ucranianos e gastar material ucraniano para não ser usado na contraofensiva, refere.

"A Ucrânia está preparada para a contraofensiva. É uma questão de saber como vai ser a estratégia, que tipos de surpresas vamos ver. Há decisões que estão a ser tomadas e que já foram tomadas por parte das chefias militares e políticas ucranianas".

O comentador da SIC considera ainda que os alegados ataques ucranianos em território russo não são equiparáveis com a "agressão da Rússia".

"A Rússia todos os dias e todas as noites bombardeia Kiev e outras cidades ucranianas. Põe pessoas a trabalhar ou a dormir debaixo de solo, sem eletricidade, e às vezes mata pessoas. O que se passou nos últimos dias pontualmente na Rússia tem uma dimensão menor, não é equiparável. O agressor é a Rússia", afirma.