A Ucrânia anunciou que 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas esta terça-feira no rio Dniepre, na sequência da destruição da barragem hidroelétrica de Kakhovka, no sul do país, alertando para um risco ambiental.
"Há também o risco de novas fugas de óleo, que terão um impacto negativo no ambiente", alertou Daria Zarivna, assessora do chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Yermak, citada pela agência francesa AFP.
Num comunicado divulgado anteriormente, a presidência ucraniana tinha avaliado o risco de novas fugas em "mais de 300 toneladas" de óleo.
Através da rede social Telegram, Yermak acusou a Rússia de ter cometido um ecocídio, um crime contra o ambiente.
“O pior desastre provocado pelo homem nas últimas décadas”
Yermak alertou também que as cheias irão afetar os sistemas de irrigação na zona e prejudicar gravemente a produção agrícola, sendo "um golpe para a segurança alimentar mundial".
Trata-se do "pior desastre provocado pelo homem no mundo nas últimas décadas", considerou Yermak, citado pela EFE.
A destruição da barragem faz temer consequências graves para a flora e a fauna desta região do sul da Ucrânia.
A Rússia negou as acusações ucranianas e disse que a destruição parcial da barragem foi um ato de sabotagem deliberado cometido por Kiev para privar a península da Crimeia de água.
"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kiev", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
UE vai discutir apoio à Ucrânia após "ataque sem precedentes"
O presidente do Conselho Europeu disse esta terça-feira que vai propor aos líderes da União Europeia (UE) maior assistência à Ucrânia pelo "ataque sem precedentes" à central hidroelétrica de Kakhovka, acusando a Rússia de cometer um crime de guerra.
"Os meus pensamentos estão com todas as famílias da Ucrânia afetadas por esta catástrofe", lamenta Charles Michel..