Guerra Rússia-Ucrânia

Moscovo pede a combatentes do grupo Wagner que detenham Prigozhin

O Serviço Federal de Segurança russo apelou aos combatentes do grupo Wagner para que detenham o líder da organização paramilitar, que se rebelou contra o comando russo, informou a agência de notícias oficial russa TASS.

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner
Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner
YULIA MOROZOVA

A mesma agência indicou que o Comité Nacional Antiterrorista da Rússia instaurou um processo penal contra o Yevgeny Prigozhin, que arrisca 20 anos de prisão, acusado pelas autoridades russas de organizar um motim armado contra o comando militar.

A TASS adiantou que "o gabinete de imprensa do Serviço Federal de Segurança (FSB) afirmou que a ação penal foi iniciada devido à gravidade da situação e à ameaça de escalada na Rússia" e que apelou igualmente aos combatentes do grupo Wagner "para que não cumprissem as ordens de Prigozhin e o detivessem".

"O Ministério da Defesa desmentiu as alegações de ataques aéreos contra as unidades Wagner. O porta-voz do Kremlin declarou que o Presidente, Vladimir Putin, foi informado da situação relativa a [Yevgeny] Prigozhin, acrescentando que estão a ser tomadas todas as medidas necessárias", noticiou.

O chefe do grupo paramilitar Wagner anunciou que o seu exército privado cruzou a fronteira russa na região do Rostov, sul do país, e disse estar disposto a "ir até ao fim", após apelar a uma rebelião contra o comando militar do país, que acusou de atacar os seus combatentes.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".