Guerra Rússia-Ucrânia

EUA e aliados "não estiveram envolvidos na revolta contra Putin", diz Biden

O Presidente norte-americano afasta qualquer envolvimento dos Estados Unidos e dos seus aliados na rebelião levada a cabo pelo grupo de mercenários Wagner.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
MICHAEL REYNOLDS

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse esta segunda-feira que a revolta dos mercenários russos contra o Kremlin é parte de uma luta interna e que os Estados Unidos e os seus aliados não estão envolvidos nessa disputa.

“Deixamos claro que não estávamos envolvidos, que não tínhamos nada a ver com isso”, referiu Biden naquela que foi a primeira reação após a rebelião do grupo Wagner.

O líder norte-americano denunciou também os atos de tortura cometidos pelas autoridades russas, quer na Rússia quer na Ucrânia, destruindo "vidas, famílias e comunidades".

"A tortura destrói vidas, famílias e comunidades. No entanto, há pessoas em todo o mundo que, diariamente, são sujeitas a estas violações horríveis dos seus direitos humanos e da sua dignidade", afirmou Biden num comunicado alusivo ao Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, que hoje se celebra.

O presidente norte-americano referiu-se, em particular, a "provas de violência aterradora por parte de membros das forças russas" na Ucrânia, invadida por Moscovo em fevereiro de 2022, "culpados", disse, de "tortura para forçar a cooperação com as autoridades de ocupação e durante os interrogatórios, como espancamentos, eletrocussões, execuções simuladas e o uso de violência sexual".

"No próprio território russo, são frequentes os relatos de tortura em locais de detenção, incluindo contra ativistas e opositores às políticas governamentais", acrescentou