O Presidente russo lançou, ao início da tarde desta terça-feira, suspeitas sobre as contas do grupo Wagner e anunciou que esse apoio financeiro, dado pela Rússia, será agora alvo de investigação.
Vladimir Putin, que antes negava ligações diretas ao grupo, diz agora que a Wagner foi inteiramente financiada pelo Estado russo e que desde o início da guerra recebeu mais de mil milhões de rublos - mais de 920 milhões de euros -, pelo que exige saber onde e como foi gasto esse dinheiro.
Apesar de o grupo lutar na Ucrânia ao lado da Rússia, a sua atuação esteve sempre separada das forças russas lideradas pelo ministro da Defesa.
Antes, num discurso na praça das Catedrais, no Kremlin, Putin agradeceu aos militares que evitaram uma “guerra civil”, acrescentando que a sua intervenção rápida permitiu travar o que designou de "evolução extremamente perigosa da situação no país", durante a rebelião do grupo Wagner.
De gravata preta, o líder russo pediu um minuto de silêncio em memória dos pilotos mortos durante a rebelião que, sublinhou, poderia ter sido caótica.
Nem o povo nem o exército russos estiveram ao lado dos mercenários, assegurou o Presidente da Rússia, perante uma plateia na qual estava o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
[Nota correção: a notícia mencionava inicialmente um valor de 900 mil milhões de euros, informa entretanto corrigida para o valor correto 920 milhões de euros]