Guerra Rússia-Ucrânia

Central de Zaporíjia armadilhada: "Como é que se vive com este fantasma?"

Em serviço especial para a SIC, Tiago Carrasco está em Zaporíjia onde fez um ponto de situação, numa altura em que a Ucrânia acusa as tropas russas de armadilharam a central nuclear.

Central nuclear de Zaporíjia
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O chefe da Inteligência Militar da Ucrânia, Kyrylo Budanov, diz que as tropas russas armadilharam a central nuclear de Zaporíjia e que aguardam apenas por uma ordem de Moscovo para detonar os explosivos. Tiago Carrasco chegou esta terça-feira a Zaporíjia. Em serviço especial para a SIC, o jornalista fez esta manhã um ponto de situação a partir da cidade ucraniana.

O repórter mostrou-se impressionado com a aparente normalidade que é possível observar em Zaporíjia, apesar da possível ameaça que paira sob a central nuclear, que estará armadilhada pelas tropas russas

“Segundo Budanov, os russos minaram a bacia de arrefecimento da central e têm carros com explosivos em quatro dos seis reatores”, explicou Tiago Carrasco.


"Como é que se vive com este fantasma sobre a cidade?", esta é a questão que o jornalista ao serviço da SIC colocou a alguns jovens com quem se cruzou nos bares da cidade, na noite de terça-feira.

“Com um ano e meio de guerra, as coisas ganham uma certa normalidade”, foi a resposta dada por um jovem de 19 anos, embora admita também que é impossível escapar ao medo.

"As autoridades não têm um plano de contingência nas ruas, embora os jornalistas estejam a receber briefings de segurança bastante apertados”, observou Tiago Carrasco.

Zaporíjia é uma cidade que está muito próxima da maior central nuclear da Europa, tornando-se, assim, uma grande ameaça não só para esta região como para toda a Europa