Pedro Sánchez é um chefe do Governo a jogar em dois tabuleiros. Em Madrid, prepara-se para defender o cargo que tem nas urnas. Na Europa, não pode deixar que a política interna atrapalhe a máquina das decisões europeias.
No topo das prioridades da presidência espanhola está a Ucrânia. O chefe do Executivo esteve em Kiev no sábado passado, dando início à presidência rotativa.
Nos próximos seis meses, Espanha tentará por os 27 Estados-membros de acordo para se aumentar o orçamento comunitário. Em cima da mesa estão mais de 50 mil milhões de euros para financiar a Ucrânia até 2027.
No outono, a comissão deverá também dizer se Kiev cumpriu as condições que abrem a porta às negociações de uma adesão, que vai levar ainda muitos anos.
A três semanas das eleições legislativas em Espanha, as sondagens apontam para a derrota do PSOE, de Pedro Sánchez. Isto poderá significar que pode não ser ele a terminar a presidência, tendo de passar a pasta a meio.
O Partido Popular surge como favorito, mas sem maioria absoluta. Para já, o líder da oposição não descarta uma possível coligação com um partido de extrema-direita.