Guerra Rússia-Ucrânia

Medvedev deixa aviso: "Terceira Guerra Mundial está cada vez mais perto"

O antigo Presidente da Rússia diz que a Cimeira da NATO aumentou a ajuda militar à Ucrânia "com tudo o que é possível: mísseis, bombas de fragmentação e aviões".

Medvedev deixa aviso: "Terceira Guerra Mundial está cada vez mais perto"
Ekaterina Shtukina

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou esta quarta-feira que "a Terceira Guerra Mundial está cada vez mais perto" referindo-se ao aumento da ajuda militar dos países da NATO à Ucrânia.

"O Ocidente delirante não podia inventar outra coisa. Era previsível, até à idiotice. De facto, é uma rua sem saída. A 'Terceira Guerra Mundial' está cada vez mais perto", escreveu Medvedev, ex-presidente da Rússia entre 2008 e 2012.

O antigo chefe de Estado acrescentou no texto difundido através do sistema digital de mensagens Telegram que a Cimeira da NATO, em Vilnius, aumentou a ajuda militar à Ucrânia "com tudo o que é possível: mísseis, bombas de fragmentação e aviões".

"O que é que significa isto para nós? Como é evidente: a operação militar especial [na Ucrânia] vai continuar com os mesmos objetivos", disse ainda Medvedev referindo que uma das finalidades da operação é fazer com que o "grupo nazi de Kiev [Governo] renuncie a fazer parte da NATO".

"É preciso liquidar este grupo. Tem de ser possível. É necessário". conclui o ex-presidente russo.

Rússia ameaça usar bombas de fragmentação caso Ucrânia receba este armamento

O Ministro da Defesa Russo disse, nesta terça-feira, que o envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia vai forçar a Rússia a usar o mesmo tipo de armamento.

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Os Estados Unidos fornecerão munições de fragmentação ('cluster') à Ucrânia, confirmou, na passada sexta-feira, a Casa Branca, ultrapassando uma barreira importante no tipo de armamento oferecido a Kiev para se defender da Rússia.

Sullivan disse que as munições que os Estados Unidos entregarão à Ucrânia têm uma taxa de não explosão - ou seja, as que permanecem no solo e por detonar - inferior a 2,5%, indicando que haverá muito menos cartuchos não detonados que podem resultar em mortes não intencionais de civis.