Guerra Rússia-Ucrânia

UE prolonga sanções contra Moscovo até ao final de janeiro de 2024

As sanções da UE abrangem um "grande espetro" de setores da economia russa, nomeadamente restrições comerciais, financeiras, tecnológicas, industriais, de transportes e também produtos considerados luxuosos.

UE prolonga sanções contra Moscovo até ao final de janeiro de 2024
NurPhoto/Getty Imagens

A União Europeia (UE) anunciou, esta quinta-feira, que vai renovar até 31 de janeiro de 2024 as sanções importas contra vários setores da economia da Federação Russa, por causa da invasão à Ucrânia.

Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou a prorrogação das sanções impostas pela primeira vez em 2014, quando a Crimeia foi anexada, e alargadas depois de 24 de fevereiro de 2022, em resposta "à agressão militar injustificada e sem provocações da Rússia contra a Ucrânia".

As sanções da UE abrangem um "grande espetro" de setores da economia russa, nomeadamente restrições comerciais, financeiras, tecnológicas, industriais, de transportes e também produtos considerados luxuosos.

Em 23 de junho, o Conselho da UE adotou hoje o 11.º pacote de sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, visando cooperação com países terceiros e admitindo "medidas excecionais de último recurso".

De acordo com o Conselho, o pacote aprovado, que exigiu unanimidade entre os países da UE após inicial oposição da Hungria e da Grécia -- visa "reforçar a cooperação bilateral e multilateral com países terceiros e a prestação de assistência técnica" para precisamente evitar que as sanções sejam contornadas.

Nos casos em que "a cooperação não produza os resultados pretendidos, a UE tomará medidas rápidas, proporcionadas e direcionadas", assinala a instituição.

"Se, apesar das sanções individuais e de um maior empenho, a evasão continuar a ser substancial e sistémica, a UE terá a possibilidade de tomar medidas excecionais de último recurso", destaca o Conselho, referindo que, por unanimidade, podem ser decididas restrições à "venda, fornecimento e transferência ou exportação de bens e tecnologias cuja exportação para a Rússia já esteja proibida" a países terceiros que representem "risco continuado" para a evasão das sanções.

A adoção oficial de hoje surge depois de os embaixadores dos Estados-membros junto da UE terem chegado na quarta-feira a acordo político sobre o 11.º pacote de sanções à Rússia.

[Notícia atualizada às 13:04]