Guerra Rússia-Ucrânia

Putin condecora viúvas de militares mortos na guerra na Ucrânia

Putin entregou as condecorações às viúvas dos comandantes de um grupo de assalto e de uma brigada motorizada, que compareceram no Kremlin acompanhadas pelos seus filhos.

Putin condecora viúvas de militares mortos na guerra na Ucrânia
SPUTNIK

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, condecorou esta quarta-feira duas viúvas num tributo do Governo russo aos seus maridos mortos em combate na Ucrânia, e apelou aos funcionários estatais que considerem os familiares dos militares mortos "como se fossem da própria família".

"Quero dirigir-me às famílias de todos os nossos camaradas que não virão pessoalmente receber as suas condecorações. Quero que todos os meus colegas em todo o país me escutem a partir desta sala do Kremlin: estas são as nossas famílias e os seus filhos são os nossos filhos. Temos de nos comportar com eles em conformidade", afirmou.

"Não porque alguém tenha escrito ou ordenado que isso aconteça, vem do coração", acrescentou o líder russo.

Putin entregou as condecorações às viúvas dos comandantes de um grupo de assalto e de uma brigada motorizada, que compareceram no Kremlin acompanhadas pelos seus filhos.

Após a entrega das medalhas, o Presidente russo apertou a mão às duas mulheres, que compareceram vestidas de negro, antes de trocarem várias palavras.

As baixas da guerra

A Rússia revelou em setembro de 2022 que o número total de baixas na sequência da invasão militar da Ucrânia, em fevereiro desse ano, ascendia a 5.937, mas desde então não divulgou mais informações.

Segundo os Estados Unidos, as forças russas sofreram desde dezembro passado 100.000 baixas, onde se incluem 20.000 mortos, números que divergem face a outros estudos.

O portal independente Mediazona, que elabora uma lista com baixas russas confirmadas junto da BBC, eleva a 28.652 o número de soldados russos mortos no conflito desde fevereiro de 2022.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).