A Arábia Saudita promove, este fim de semana, um encontro para procurar soluções de paz para a guerra na Ucrânia, com a participação de cerca de 40 países, mas sem a Rússia. Já a China recusou, mas fez marcha atrás e decidiu, desta vez, participar.
O presidente ucraniano espera que as conversações sejam o primeiro passo para se conseguir alcançar uma cimeira da paz global.
"É muito importante (este encontro) porque, no que diz respeito à questão da segurança alimentar, o destino de milhões de pessoas em África, na Ásia e noutros países depende da rapidez com que o mundo executar a fórmula de paz", disse Zelensky.
Participação da China nas conversações de Jeddah é "grande avanço"
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitro Kuleba, afirmou que a participação da China na reunião das potências mundiais na Arábia Saudita para discutir o plano de paz da Ucrânia é um "grande avanço".
"Queremos que a China participe na cimeira da Fórmula para a Paz. A notícia de que a China vai enviar Li Hui a Jeddah é um grande avanço", afirmou Kuleba, citado pela agência noticiosa Interfax, que destacou o "papel importante" desempenhado pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.
"A Arábia Saudita atraiu a China, e esta é uma vitória histórica", afirmou Kuleba.
Jeddah tem previsto acolher no fim de semana uma reunião a nível de conselheiros dos chefes de governo e de representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros para preparar a cimeira de líderes que Kiev pretende organizar no outono em torno da Fórmula de Paz do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Além dos países ocidentais, participarão o Brasil e a Índia, entre outras potências, tendo sido confirmada a presença de Li Hui, que, na qualidade de enviado especial de Pequim, já percorreu várias capitais em busca de apoio para o plano de paz da China para a Ucrânia.
No entanto, um porta-voz da Casa Branca reiterou que a reunião de Jeddah não será uma "negociação de paz" e que Washington não espera "resultados tangíveis".