A Ucrânia perdeu a esperança de ter os caças F-16 este ano. O Governo de Kiev repete que precisa de armamento enquanto não ganhar a guerra e nega estar a receber pressões dos aliados para acelerar a contraofensiva. Já de Odessa, saiu o primeiro navio com cereais na nova rota de exportação, criada depois de a Rússia ter quebrado o acordo, ao mesmo tempo que as praias de Odessa voltaram a abrir.
Apesar das ameaças russas, o navio Joseph Schulte, com bandeira de Hong Kong, deixou o porto de Odessa em direção a Bósforo, na Turquia.
Este é o primeiro navio a usar o novo corredor criado pela Ucrânia depois de a Rússia ter abandonado o acordo de exportação, mediado pela Turquia e pela Nações Unidas, que fornecia proteção militar à carga que saía do Mar Negro.
O já extinto acordo durou um ano e permitiu evitar uma crise alimentar a nível global. Moscovo não só renovou o acordo, como intensificou os ataques aos portos ucranianos onde os alimentos estavam armazenados. Todos os navios saem, por isso, com um sistema de vigilância.
Fechadas desde o início da invasão, por causa das minas, que também tornam mais perigosa as travessias dos navios, as praias de Odessa reabriram. Esta é uma tentativa de normalidade, a ano e meio depois do início da invasão a larga escala, ainda sem fim à vista.
Kiev não deverá receber, para já, os F-16
Kiev está a perder a esperança de usar os desejados F-16. Numa entrevista conjunta às televisões ucranianas, o porta voz da Força Aérea admitiu que não ia ser possível, até ao fim do ano, usar os aviões de guerra.
O Ocidente prometeu fornecer os caças e formar pilotos, mas continua sem estabelecer prazos.