Guerra Rússia-Ucrânia

Separatistas pró-russos condenam militares ucranianos a 20 anos de prisão

Militares serviam no batalhão Azov e foram considerados culpados de ferir civis. O julgamento aconteceu no "Supremo Tribunal" da República Popular de Donetsk, controlada por Moscovo.

Separatistas pró-russos condenam militares ucranianos a 20 anos de prisão

Separatistas pró-russos no leste da Ucrânia condenaram esta segunda-feira cinco militares ucranianos a pesadas penas de prisão por alegados abusos contra civis, anunciou o Comité de Investigação da Rússia.

Servindo no regimento Azov, que se destacou na defesa da cidade de Mariupol em 2022, Andrey Klementovitch, Ivan Melnikovich e Artur Sivitsky foram considerados culpados de ferir civis, de acordo com um comunicado de imprensa.

Os militares ucranianos foram condenados a 20 anos de prisão num estabelecimento penal por "tratamento cruel de civis" e "tentativa de assassínio em grupo de várias pessoas com base no ódio ideológico".

Estes homens foram capturados durante a ofensiva russa na Ucrânia contra fileiras do regimento Azov, formado por nacionalistas ucranianos e considerado uma organização terrorista por Moscovo.

Segundo o Comité de Investigação separatista, os militares tinham "recebido ordem para impedir a retirada para a Rússia" das populações e "matar os suspeitos de ajudar" civis.

A entidade publicou um vídeo no seu site onde se veem os três soldados algemados ouvindo a sentença atrás das grades no banco dos réus, antes de deixarem a sala.

Estas sentenças foram proferidas pelo "Supremo Tribunal" da República Popular de Donetsk (DNR, no leste da Ucrânia), controlada por Moscovo, que no ano passado reclamou a sua anexação, não reconhecida pela comunidade internacional.

Um soldado ucraniano, Bogdan Smaga, também foi condenado a 17 anos de prisão por alegados abusos contra civis perto da cidade de Lugansk (leste), de acordo com o Comité de Investigação da Rússia.

E outro soldado, Igor Lemechev, foi sentenciado a 20 anos de prisão pela morte de um civil durante o bombardeamento de uma localidade próxima.