No final de julho, na rubrica “Guerra Fria”, José Milhazes e Nuno Rogeiro diziam que Prigozhin não tinha sido fuzilado, nem esquartejado, nem caído da janela porque Putin precisa dele e da sua organização Wagner para abrir caminho em África. Veja ou reveja o episódio na íntegra.

Recorde-se que, na segunda-feira, Yevgueni Prigozhin tinha reaparecido pela primeira vez desde o assalto falhado ao Kremlin, a 24 de junho. Num vídeo que gravou, dava a entender que tinha voltado a África.

No vídeo, Prigozhin não afirmava explicitamente que se encontrava em África, mas surgia numa paisagem que parecia a savana africana e assegurava que a temperatura ao seu redor era de 50 graus.

No Telegram, os mercenários do Wagner partilham imagens de um memorial junto ao edifício do grupo em São Petersburgo. Flores, velas e vários símbolos ligados aos mercenários foram colocados naquele local como homenagem.

Residentes de São Petersburgo dão conta do edifício do grupo Wagner iluminado com uma cruz.

• O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, terá morrido esta quarta-feira na queda de um jato privado a norte da capital russa, Moscovo.
• A Autoridade de Aviação Civil da Rússia confirmou que Prigozhin estava a bordo da aeronave e divulgou a lista com os nomes dos 10 ocupantes: sete passageiros e três tripulantes.
• Também de acordo com as autoridades russas, seguia a bordo o braço direito de Prigozhin, Dmitry Utkin, comandante e fundador do grupo de mercenários.
• Nenhum dos ocupantes terá sobrevivido à queda do jato (modelo Embraer Legacy), que voava entre Moscovo e São Petersburgo.
• A Rússia já lançou uma investigação ao incidente. Até agora, não se sabe o que terá originado a queda.

Uma fotografia divulgada pelas agências mostra bombeiros no local onde se despenhou o jato onde, de acordo com as autoridades russas, seguia Prigozhin.

Dmitry Utkin, braço direito de Prigozhin, é também fundador e comandante das tropas Wagner. É apontado como um dos ocupantes do jato que caiu.

Utkin foi Tenente-coronel na maior agência de inteligência russa, a GRU, e foi destacado duas vezes para a Chechénia. Terá usado o medo para manter o poder e foi acusado de envolvimento em numerosos crimes de guerra.

Em Homs, na Síria, terá dado ordem para espancar um desertor até à morte e para filmar o ato.

Os corpos dos 10 ocupantes do jato privado que se despenhou esta quarta-feira a norte de Moscovo foram recuperados e a operação de busca foi concluída. A informação é avançada pela agência Interfax, que cita os serviços de emergência.