Este ano o regresso às aulas, na Ucrânia, de forma presencial deu-se em mais de 10 mil escolas. Abriram os estabelecimentos de ensino que conseguem garantir a segurança dos alunos.
Há escolas que não tinham aulas desde o início da guerra. É o caso da cidade Dnipro, que fica a cerca de 100km da linha da frente, onde os alunos voltaram à escola pela primeira vez em um ano e meio.
Os abrigos estão preparados para que aulas continuem e professores foram treinados para reagir aos perigos.
Com passo incerto e nervoso, Temofiy vai para a sala de aula. Dos primeiros a chegar, prepara-se para a aula de língua ucraniana. Contou, à SIC, que estava ansioso por ir para a escola.
Temofiy e os colegas, estão no terceiro ano, mas é quase como se fosse o primeiro. Os tempos no jardim infantil foram interrompidos pela pandemia e depois de seis meses de aulas na escola, o ensino presencial foi suspenso, por causa da guerra.
“Eu ontem estava tão feliz, por este ano estar a começar. Tão feliz, acho que foi o dia mais feliz desde o início da guerra”, disse uma professora.
“Nós somos ucranianos! Somos resistentes, somos fortes!”
“É desafiante. Mas nós damos conta. Nós somos ucranianos! Somos resistentes, somos fortes! Eu digo isso às crianças, vocês são pessoas corajosas”, destacou, ainda a professora Iryna Vintonik.
O abrigo tem capacidade para 300 alunos e professores.
As aulas foram divididas: de manhã, os mais pequenos e à tarde as turmas mais velhas.
Esta escola, em Dnipro, a 100km da linha da frente, é uma das cerca de 10 mil, no país, que abriu as portas aos alunos para um novo ano letivo. Outras de 3.400, permanecem encerradas, à espera de condições de segurança.