Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia recupera plataforma de petróleo e gás no Mar Negro

Após momentos de grande tensão, Kiev conseguiu recuperar ‘Vishki Boika’, a plataforma que com o início da invasão passou a ser utilizada para fins militares por Moscovo.

Ucrânia recupera plataforma de petróleo e gás no Mar Negro
Andrew Kravchenko

A Ucrânia anunciou esta segunda-feira ter recuperado uma plataforma de petróleo e gás no Mar Negro que era controlada por Moscovo desde 2015, na sequência de uma operação de contraofensiva das forças de Kiev.

"A Ucrânia recuperou o controlo de 'Vishki Boika'", saudou o Ministério da Defesa ucraniano em comunicado de imprensa esta segunda-feira divulgado.

A "operação única" que permitiu recuperar a plataforma, cuja data não foi avançada, resultou de "combates entre forças especiais ucranianas a bordo de barcos e de um avião de combate russo Su-30", acrescentou o ministério ucraniano, alegando que "o avião russo foi atingido e teve de recuar".

As unidades ucranianas "conseguiram apreender troféus valiosos: um armazenamento de munições para helicópteros (...) e também o radar 'Neva', que permite rastrear os movimentos dos navios no Mar Negro", avançou.

Num vídeo de 10 minutos divulgado pela inteligência militar ucraniana, podem ser vistas unidades de elite a aproximar-se da plataforma de petróleo e gás a bordo de navios pequenos e rápidos, antes de acederem ao local e brandirem a bandeira ucraniana azul e amarela.

Segundo a mesma fonte, a Rússia "ocupava (o complexo da plataforma) desde 2015 e, com o início da invasão, passou a utilizá-lo para fins militares, nomeadamente como local de aterragem de helicópteros e implantação de equipamento de radar". Em junho de 2022, Moscovo acusou Kiev de ter disparado contra este complexo de plataformas de perfuração 'offshore', ao largo da costa da Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

As autoridades locais de ocupação russas relataram então três feridos e sete desaparecidos.

Os ataques entre as forças ucranianas e russas aumentaram no Mar Negro desde meados de julho, quando a Rússia abandonou um acordo que permitia a exportação de cereais ucranianos apesar da guerra.