Guerra Rússia-Ucrânia

Roménia desloca 600 soldados para a fronteira com Ucrânia e reforça proteção aérea

Um primeiro destacamento de soldados já se encontra em Plauru, a cidade romena mais próxima do porto ucraniano de Izmail, onde foram identificados fragmentos de presumíveis 'drones' russos no dia 7 de setembro.

Roménia desloca 600 soldados para a fronteira com Ucrânia e reforça proteção aérea
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A Roménia vai deslocar cerca de 600 soldados para a fronteira com a Ucrânia e reforçar a sua proteção aérea após vários incidentes com presumíveis 'drones' russos, que caíram em território romeno durante ataques a portos ucranianos.

O objetivo é melhorar a vigilância 24 horas por dia na fronteira de 160 quilómetros entre o porto de Galati e a foz do Danúbio em Sulina.

A medida foi anunciada pelo vice-chefe do Estado-Maior da Roménia, Gheorghita Vlad, e surge após três incidentes com 'drones' (aparelhos não tripulados), cujos destroços caíram em território romeno junto à fronteira com a Ucrânia.

Além disso, o espaço aéreo fronteiriço entre a Ucrânia e a Roménia foi fechado ao tráfego comercial desde 13 de setembro, informou o Ministério da Defesa em comunicado.

Um primeiro destacamento de soldados já se encontra em Plauru, a cidade romena mais próxima do porto ucraniano de Izmail, onde foram identificados fragmentos de presumíveis 'drones' russos no dia 7 de setembro.

O Exército instalou também dois abrigos antiaéreos para proteger a população local.

Os militares estão a identificar pontos no terreno para instalar equipamentos antiaéreos, incluindo sensores de superfície e radares capazes de detetar potenciais ameaças também a baixa altitude, segundo a agência noticiosa romena Mediafax.

Os 'drones' utilizados pelas forças russas voam a baixa altitude e são difíceis de detetar pelos mais de 100 radares à disposição do Exército romeno.

O Ministério da Defesa reconheceu que "nenhum dos três 'drones' de onde surgiram os fragmentos foi identificado ou rastreado" pelo sistema de radar romeno.

A Roménia é membro da NATO desde 2004 e como tal pode contar com o apoio e proteção dos seus aliados caso o seu território seja atacado.

As ameaças dos efeitos da guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro do ano passado, estão a ser sentidas pela Bulgária, que afirmou esta quinta-feira estar a analisar com a NATO medidas para lidar com o bloqueio parcial de Moscovo à zona económica exclusiva búlgara no Mar Negro.