A França, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, condenou esta sexta-feira "com a maior veemência possível" os ataques maciços russos na Ucrânia das últimas noites, lamentando os "muitos alvos civis" atingidos.
Estes ataques "constituem uma nova violação do direito internacional por parte da Rússia, que prossegue incansavelmente a sua estratégia de intimidação contra a Ucrânia e os seus apoiantes, sem qualquer consideração pelas vidas dos civis ucranianos", segundo Christophe Lemoine, porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
Em nota publicada na sua página, o ministério indicou que na noite de 20 para 21 de março, 31 mísseis russos atingiram Kiev, ferindo 15 pessoas, enquanto na última noite 87 mísseis e 63 drones mataram pelo menos três pessoas e feririam 22.
Segundo a mesma fonte, os ataques da noite de quinta para sexta-feira visaram sobretudo as infraestruturas energéticas da Ucrânia, danificando várias instalações, como a barragem da central hidroelétrica de Dniepr e várias subestações de eletricidade, o que causou "interrupções no fornecimento de eletricidade e água em várias regiões".
Somando-se aos "trágicos acontecimentos da semana passada em Odessa, Soumy, Kryvvyï Rih e Myrnohrad" os ataques são "mais uma violação do direito internacional" pelos russos, conclui a nota.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).