Os ataques russos na região de Kharkiv destruíram várias instalações. Esta sexta-feira, o Presidente da Ucrânia visitou as ruínas de uma das maiores tipografias da Ucrânia que foi atingida pelos bombardeamentos russos.
Alguns dos trabalhadores que se encontravam dentro das instalações da tipografia não resistiram aos ataques e outros 20 ficaram feridos. No maior dos ataques desta semana à região de Kharkiv, morreram sete pessoas e 21 ficaram feridas. Pelo menos 50 mil livros foram queimados pelas forças russas.
A ofensiva em Kharkiv, iniciada há duas semanas, já foi travada e a situação atual é "estável e está sob controlo", segundo as forças armadas da Ucrânia. Em curso estará um contra-ataque às tropas de Moscovo para recuperar a posição perdida.
A poucos quilómetros da fronteira, os soldados na linha da frente de Kharkiv querem mais poder. A maior das exigências é que seja autorizado o uso do recém-recebido armamento ocidental para atacar território russo. Os militares defendem que se não dispararem contra o território russo não conseguir provocar-lhes danos.
O Kremlin denuncia o uso de armas provenientes dos Estados Unidos e acrescenta que já há ataques constantes a solo russo. O chefe da diplomacia acusa Kiev de atuar fora da área de conflito.
Em visita de Estado à Bielorrússia, Vladimir Putin declarou-se pronto a reatar as conversações de paz, mas baseadas no que considera ser o bom senso. Antes desta viagem, quatro fontes russas tinham confirmado à Reuters a vontade de Putin em negociar o cessar-fogo.
No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Kiev considerou estas declarações como uma manobra de diversão. O objetivo, diz Dmitri Kuleba, é perturbar a Conferência Internacional de Paz sobre a Ucrânia marcada para junho, na Suíça, A Conferência contará com a presença de Portugal, já assegurada por Luís Montenegro.