Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky quer ajuda de países da NATO para abater mísseis russos

O Presidente da Ucrânia tem uma proposta para a NATO, mas reconhece que a decisão "é difícil", já que os aliados "têm sempre medo de uma escalada desnecessária", admite.

Loading...

Kiev vai discutir com a NATO a criação de uma coligação de países para ajudar a abater mísseis russos no espaço aéreo da Ucrânia. A ideia suscita forte oposição da Aliança, mas Zelensky insiste.

"Precisamos de desenvolver capacidades técnicas para permitir a utilização de outras aeronaves de países vizinhos contra certos mísseis que são lançados. Sim, atingem a Ucrânia, mas são dirigidos aos nossos vizinhos, parceiros, especialmente os países da Aliança. Penso que esta decisão é provavelmente difícil para os nossos parceiros, que têm sempre medo de uma escalada desnecessária”, disse Zelensky.

A Polónia e a Roménia têm mobilizado caças para proteger o próprio espaço aéreo, mas as aeronaves nunca foram utilizadas para destruir os mísseis russos que se encontram no espaço aéreo da Ucrânia. Em meados de julho, Varsóvia admitiu analisar a proposta de Kiev.

Zelensky recuperou a questão na apresentação dos F-16 que chegaram à Ucrânia. O local foi secreto e detalhes sobre as aeronaves permanecem reservados por óbvias razões de segurança, com a Rússia a oferecer prémios a quem abater os caças. A imprensa avança que, para já, serão 10 dos 79 prometidos.

Analistas do Instituto norte-americano para o Estudo da Guerra defendem que, para utilizar os F-16, as forças ucranianas deveriam focar-se em derrotar a defesa aérea russa na retaguarda, com armas de longo alcance.