A região russa de Kursk entrou, nesta quarta-feira, em estado de emergência, depois da incursão das forças ucranianas na terça-feira, adiantou o governador interino deste território, que faz fronteira com a Ucrânia. Pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas.
"A situação operacional continua a ser difícil nas zonas fronteiriças. Para eliminar as consequências da entrada de forças inimigas, decidi estabelecer um estado de emergência", destacou o governador Alexei Smirnov, numa mensagem na rede social Telegram
As autoridades locais dizem ter abatido dois mísseis e três drones na última madrugada, informações que não foram confirmadas por Kiev.
O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, detalhou anteriormente que cerca de 1.000 soldados ucranianos participaram na incursão armada lançada na véspera na região de Kursk.
Pedido de evacuação
Kiev ordenou a retirada de seis mil pessoas das zonas próximas da região russa de Kursk, algo que a Rússia também já tinha começado a fazer.
O governador de Kursk disse que um primeiro grupo de pessoas já foi realojado em Oryol, a cerca de 250 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
"Retirámos mais de 200 pessoas da zona de combate ativa, utilizando autocarros e veículos pessoais", disse ainda o governador.

A reação de Putin
O presidente russo disse que a ofensiva na região de Kursk é uma "provocação" e que este ataque representa uma escalada do conflito.

Acusou, também, as forças ucranianas de bombardearem alvos civis de forma indiscriminada e convocou, ainda, uma reunião de emergência com membros do Governo para abordar a situação da região.