José Milhazes, comentador da SIC, considera que o ataque ucraniano com drones a Moscovo, esta quarta-feira, "não teve grandes efeitos". A guerra na Ucrânia está, neste momento, num "impasse".
"Não é um daqueles ataques com grandes efeitos em Moscovo ou na região, mas seria importante para os ucranianos se fizessem estragos", afirma.
Na SIC Notícias, lembra que, anteriormente, a Rússia já foi alvo de ataques de drones ucranianos.
A Rússia sofreu esta quarta-feira o maior ataque de sempre com drones ucranianos, tendo abatido pelo menos 11. Na Ucrânia, Zelensky reconhece que, apesar dos avanços, os militares de Kiev enfrentam dificuldades.
Sobre Kursk, refere que, neste momento, a situação está num "impasse", com avanços "mínimos". Já a Rússia, avança no território ucraniano.
"Neste momento, estamos a observar uma situação que não anda nem desanda. Nenhuma das partes mostra capacidade suficiente para vencer a outra parte e obrigá-la a fazer grandes recuos. Parece que esta situação vai continuar", diz José Milhazes.
Neste momento, existe "cada vez mais" o risco de as tropas russas cercarem o grupo militar ucraniano na região de Kursk, o que seria "muito mau" para a imagem das forças ucranianas, assinala o comentador da SIC.
A região em causa poderá não ter "grande importância" para os russos, dá conta, não sendo uma "situação trágica".
A Rússia quer marcar a superioridade através do número de homens, contudo, muitos dos que estão em Kursk são "recrutas que não deveriam estar na frente de combate".
Sobre a visita do primeiro-ministro chinês à Rússia, José Milhazes considera que é "importante". Li Qiangassinou com Moscovo um plano de cooperação de investimento e dois memorandos de cooperação nos transportes e na indústria química.
Neste momento, a única forma de fazer comércio é trocas diretas ou com importações e exportações a partir de terceiros países.
"Este problema está a dificultar as trocas comerciais entre a China e a Rússia", assinala.