Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: Rússia avisa que está a seguir de perto a posição da NATO

Em causa estão os repetidos pedidos de Kiev para a utilização de armamento ocidental para atacar alvos na Rússia, apelo a que os Países Baixos já responderam positivamente.

Ucrânia: Rússia avisa que está a seguir de perto a posição da NATO
Evgenia Novozhenina

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, avisou esta quinta-feira que Moscovo está a acompanhar de perto os passos que os países da NATO estão a dar em relação ao conflito na Ucrânia.

"É claro que estamos a monitorizar as ações práticas e as discussões entre os membros da NATO sobre a questão ucraniana", disse o chefe da diplomacia russa numa conferência de imprensa no final das conversações com o seu homólogo senegalês, Yacine Fall.

O ministro russo denunciou que os países da Aliança "estão a encher a Ucrânia com armas mais modernas todos os dias e estão agora a debater como utilizá-las".

Lavrov referia-se aos repetidos pedidos de Kiev para que lhe fosse permitido utilizar armamento ocidental para atacar alvos na Rússia.

O ministro russo acrescentou que os aliados ocidentais da Ucrânia têm "o propósito de infligir uma derrota estratégica à Rússia", alegando que isso mesmo "está escrito nos seus documentos doutrinários".

"É a continuação da política a que temos assistido há séculos", disse Lavrov, mostrando-se convencido de que "o Ocidente, liderado pelos EUA e pelo Reino Unido, está obcecado em abrandar o desenvolvimento" da Rússia.

O chefe da diplomacia russa garantiu que esses planos estão condenados ao fracasso, porque "perseguem fins geopolíticos egoístas".

Numa reunião em Bruxelas com altos diplomatas dos países da Aliança Atlântica, a NATO condenou os ataques da Rússia contra civis e contra infraestruturas ucranianas e reafirmou o seu compromisso de continuar a apoiar militarmente Kiev.