Durante a oitava visita a Kiev, presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs esta sexta-feira que a União Europeia avance com 35 mil milhões de euros no empréstimo de 45 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares) do G7 à Ucrânia.
“Temos de fazer a Rússia pagar pela destruição e hoje tenho o prazer de anunciar que a Comissão Europeia adotou propostas que permitirão à União Europeia emprestar 35 mil milhões de euros provenientes do compromisso do G7“ para com a Ucrânia, disse Ursula von der Leyen em Kiev, após uma reunião com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Trata-se de um enorme passo em frente […] e estamos a assentar isto nos lucros com os bens russos congelados” para, desta forma, “melhorar a estabilidade macrofinanceira da Ucrânia e proporcionar um espaço orçamental mais significativo que vos permite decidir a melhor forma de utilizar as verbas, dando-vos a máxima flexibilidade para satisfazer as vossas necessidades e libertando recursos”, adiantou a responsável, dirigindo-se a Volodymyr Zelensky.
Von der Leyen destacou que esse montante poderá ajudar na implementação do plano de paz que o presidente ucraniano pretende apresentar em breve nos EUA, ao presidente Joe Biden, e posteriormente aos candidatos presidenciais Kamala Harris e Donald Trump.
A Rússia, por sua vez, continua a afirmar que a guerra só poderá ser chegar ao fim caso os aliados da Ucrânia parem de fornecer armas ao país. Moscovo critica a postura dos países ocidentais, enquanto a NATO mantém a posição de que a agressão russa deve ser combatida com mais apoio militar à Ucrânia.
No terreno, os bombardeamentos continuam. Kiev informou que um ataque russo atingiu um lar de idosos em Sumy, matando pelo menos uma pessoa.